O Metallica tem alguns lançamentos bastante controversos em seu catálogo. “St. Anger”, de 2003, com certeza é um deles. Outro que deixou os fãs com cara de interrogação foi “Lulu”, colaboração com o falecido cantor Lou Reed, lançada em 2011. Uma combinação para lá de inusitada, seja dita a verdade.
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Na opinião do baterista Lars Ulrich o trabalho “envelheceu extremamente bem”. O músico ainda atribui a recepção negativa a um reflexo da ignorância de uma parcela dos fãs. O comentário foi feito no recém-lançado livro sobre Lou Reed intitulado “The Art Of The Straight Line: My Tai Chi”.
“Que porra é essa em ‘Lulu’ que ficou desse tipo de reação? Eu não consigo entender, mas anos depois, ele envelheceu extremamente bem”, diz o baterista do Metallica no livro, conforme relata o Blabbermouth. “Ainda soa como um filho da puta. Então eu só posso atribuir a reação à ignorância… Isso levou nossos fãs a um lugar que eu gostaria que eles fosse com mais frequência”, acrescentou.
Lars Ulrich ainda refletiu sobre como “Lulu” se adapta ao mundo atual e reafirmou a sua admiração pelo trabalho com o cantor do Velvet Underground. “Talvez agora fosse o melhor momento para lançá-lo, com o que está acontecendo lá fora no mundo, o caos. Não sei, mas estou muito orgulhoso desse disco… James e eu estaríamos descobrindo maneiras através de uma peça musical e então Lou olharia e diria, ‘É isso. Não é assim que costumamos trabalhar, mas foi tão lindo e ótimo, a coisa toda“, declara o baterista.
“Lulu” acabou sendo o último registro de estúdio de Lou Reed. O cantor morreu no dia 27 de outubro de 2013, aos 71 anos, após um transplante de fígado. Todas as músicas de foram escritas por Lou Reed e receberam arranjos criados pelos integrantes do Metallica. As faixas, no geral, trazem o cantor declamando letras sobre instrumentais pesados e cadenciadas. A voz de James Hetfield aprece em poucos momentos ao longo das 10 faixas.
O livro “The Art Of The Straight Line: My Tai Chi” foi editado pela viúva de Lou Reed, Laurie Anderson em colaboração com Stephan Berwick, Bob Currie e Scott Richman. A obra reúne textos escritos pelo falecido músico sobre Tai Chi, além de entrevistas com colegas músicos, artistas, amigos e praticantes da referida arte marcial.
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