O vocalista do HIM, Ville Valo, disponibilizou nesta sexta-feira (13) o seu primeiro álbum solo intitulado “Neon Noir” e sob o pseudônimo de VV. O trabalho traz 12 faixas incluindo os singles “The Foreverlost”, “Echolocate Your Love” e “Loveletting”. A produção ficou por conta de Tim Palmer, colaborador de longa data do cantor em sua antiga banda, e o lançado ocorre selo Heartagram.
O HIM encerrou as suas atividades em 2017 e Ville Valo estreou a sua carreira solo em 2002 com o EP “Gothica Fennica Vol. 1” que trazia três faixas, agora incorporadas ao álbum. A sonoridade segue na mesma linha dos trabalhos do cantor ao lado de sua banda, ou seja, rock gótico. “Neon Noir finalmente chegou e, da perspectiva de qualquer um que tenha gostado da música do HIM, valeu a pena cada dia dessa longa espera. Ele viaja pela mesma ponte divinamente florida que se estende pesada e aconchegante; aquela coisa tão individual que de alguma forma fazia a escuridão parecer sexy em vez de assustadora”, escreveu a Kerrang! em sua avaliação.
O review da Metal Hammer também vai na mesma linha: “Certamente, é um disco que é instantaneamente reconhecível como o trabalho de seu criador: ruminações oníricas e inebriantes sobre amor, morte e sexo através das lentes de teclas imaculadas e jangles de Cure sujos por flashes ocasionais de guitarra sabática.”
Blabbermouth, no entanto, torceu o nariz. A publicação avalia que o disco será uma decepção para os fãs do cantor por ser leve demais. “Como fica claro na abertura de quatro para o chão “Echolocate Your Love”, o canto de Valo perdeu suas arestas e chocalho lascivo. Juntamente com o fato de que “Neon Noir” é dominado por canções pop dramáticas, mas estranhamente animadas, que apenas ocasionalmente mostram suas garras de metal, é improvável que este tão esperado retorno emocione os fãs dos momentos mais pesados do HIM“, diz a crítica.
Ville Vale escreveu “Neon Noir” na pandemia
“Neon Noir” foi escrito durante a pandemia, revelou Ville Valo em entrevista à Kerrang! em setembro do ano passado. “Eu não chamaria de ‘suicida’, mas a maior parte do material foi escrito durante a pandemia e não havia muitos raios de sol me atingindo”, disse o músico. “Todo mundo estava na sarjeta mental. Os tempos eram difíceis. Este álbum foi como uma bóia salva-vidas para mim. Isso me deu um motivo para acordar todas as manhãs e trabalhar em outra coisa e tentar fechar o mundo lá fora. Quando eu estava trabalhando na música, talvez fosse egoísta até certo ponto, mas também era uma questão de sobrevivência.”
O cantor também avaliou, no mesmo bate-papo, que, em certa medida, o trabalho lhe permitiu repensar a sua trajetória, mas que no final o resultado é familiar a tudo que ele já fez. “Fazer este álbum, e fazê-lo do jeito que fiz, me deu a chance de refletir, de certa forma, ou ter uma perspectiva diferente de quem eu sou ou o que quero fazer e o que fiz e o que pode ser feito melhor e assim por diante ”, diz ele, antes de cair na gargalhada novamente. “O que acabou sendo basicamente fazer exatamente a mesma coisa que eu fazia antes.”
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