Weezer tem uma carreira que podemos classificar como “bastante produtiva”. A banda liderada pelo vocalista e guitarrista Rivers Cuomo, lançou, nos últimos 31 anos, nada menos que 15 álbuns de estúdio, 4 EPs e alguns singles avulsos. Entretanto, o líder do grupo avalia que eles erraram na dosagem e que, se pudesse, voltaria no tempo para rever a estratégia adotada.
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Rivers Cuomo participou de uma entrevista no This Little Light, conduzido por Flea, baixista do Red Hot Chili Peppers. O cantor refletiu sobre a relação entre quantidade e qualidade na discografia do Weezer. “Acho que, se eu voltasse e planejasse a carreira de um artista ideal, não sei – talvez haja muita quantidade. Talvez a coisa toda fosse mais impactante se pudéssemos voltar no tempo e apenas lançar as melhores coisas – escolher a dedo e lançá-lo de uma forma muito estratégica” (via Ultimate Classic Rock).
Nos últimos quatro anos, o Weezer disponibilizou nada menos que quatro álbuns, dois em 2019 e dois em 2021. No ano passado, eles lançaram nada menos que 32 músicas em uma série de quatro EPs intitulada “SZNZ”.
Rivers Cuomo está mais aberto às críticas dos fãs
O Weezer surgiu em 1994 como um dos principais nomes do rock alternativo americano. Seus dois primeiros discos, “Blue Album” (1994) e “Pinkerton” (1996) são bastante cultuados pelos fãs do estilo e eles, no geral, torcem o nariz para os trabalhos que a banda tem apresentado desde então. É uma relação semelhante a que o fã das antigas tem com os discos do Metallica a partir do “Black Album”.
Contudo, Rivers Cuomo explicou durante o mesmo bate-papo que está mais aberto a ouvir e assimilar as críticas vindas dos fãs. “Eu realmente quero ouvir e ver onde estão suas cabeças e a que estão reagindo, e às vezes não é exatamente onde eu teria ido sozinho. Especificamente, eles parecem gostar que as mudanças aconteçam mais lentamente”, disse ele.
Ele contou que sempre buscou inovar em sua música, mas que talvez devesse ter ido um pouco mais devagar nas experimentações para não assustar aqueles que veneram o passado do Weezer. “Eu apenas diria: ‘É um novo dia. Vamos jogar fora o livro de receitas e começar do zero com algo totalmente novo.’ Por qualquer motivo, eles querem se apegar ao que amavam no passado. Isso não significa que não posso fazer nada novo – só preciso misturar um pouco mais gradualmente”, declarou.
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