Dona Iracema, banda de hardcore de Vitória da Conquista (BA), acaba de disponibilizar seu mais novo álbum “Velório”, trabalho que terá desdobramento em filme com lançamento previsto para esta terça-feira (13), Dia Mundial Rock. O disco traz 10 faixas e conta com participações de Rodrigo Lima (Dead Fish) e Armando Macêdo.
O som de Dona Iracema é marcado pela mistura de hardcore com ritmos nordestinos como o baião e o forró, além de uma acentuada dose de bom humor nas letras politizadas. De acordo com o baterista Oscar Sampaio em comunicado de imprensa, o novo álbum mantém as características sonoras da banda:
“Como nos nossos outros trabalhos, ‘Velório’ tem humor e irreverência por trás de mensagens politizadas, tão necessárias para as causas que defendemos. Dona Iracema trabalha com sinceridade, estamos todos representados ali e queremos fazer disso nossas bandeiras. Um velório é um marco, independente da cultura, é a celebração da vida, respeito a uma memória, um local de homenagem. Da nossa maneira, esse é um trabalho que faz um ensaio sobre a morte, fala de saudade e de dor”, disse.
Rodrigo Lima, do Dead Fish, participa de “Velório” dividindo os vocais em “Plano Funerário” enquanto Armandinho Macêdo colabora na faixa “Pendura pelos Ovo”.
“Quase não acreditamos quando Armandinho topou participar. A música começa com um axé, mas colocamos ele para ‘fritar no hard core’ com uma guitarra baiana progressiva. Ficou incrível”, conta Sampaio.
“Dead Fish sempre foi uma de nossas maiores referências e a participação de Rodrigo (Lima) é daqueles momentos que ficam marcados. Estamos muito felizes com o resultado”, acrescentou.
O filme de Dona Iracema
Dona Iracema lança nesta terça-feira (13) um filme que mostra a banda tocando todas as canções de “Velório”. O grupo explica que cada faixa ganhou seu próprio roteiro, que ajuda a contar as histórias presentes nas letras.
“O vídeo complementa o conteúdo de cada canção. Na primeira canção do disco, por exemplo, como falamos sobre necropolítica, utilizamos na edição notícias de jornais sobre assassinatos e mortes”, explica Gabi.