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Garbage: Shirley Manson fala do machismo na indústria da música

Cantora relembrou as desafios que enfrentou no início da carreira e comentou a sua admiração por Patti Smith

O Garbage lançou recentemente o seu sétimo disco da carreira, “No Gods No Masters”, que traz as músicas mais engajadas politicamente já produzidas pela banda liderada pela vocalista Shirley Manson, que conversou recentemente com a revista Rolling Stone sobre os vários tópicos abordados no disco, entre eles o patriarcado e o machismo na indústria da música.

Shirley Manson relembrou como se sentiu diminuída durante vários anos:

 “Muita coisa foi escrita sobre mim na imprensa musical, e foi aí que comecei a perceber como estou sendo diminuída, como, em alguns casos, estou sendo completamente erradicada da narrativa porque sou mulher e não um homem”, admitiu a cantora.

Ela continuou: “Fui ignorada por advogados; Fui ignorado pelos gerentes. A lista continua. É chato e tedioso; não adianta reclamar disso agora, mas certamente, esse foi o meu despertar.”

Mais adiante na conversa, Shirley Manson disse que sua personalidade forte fez com que o machismo não afetasse a sua carreira, mas que, obviamente, isso não acontece da mesma forma com todas as mulheres.

“Ainda estou muito ciente do sexismo e da misoginia que tive de lutar ao longo da minha carreira. Eu não estou chorando, ‘Ai de mim’, porque obviamente floresceu em minha carreira e isso obviamente não me segurou o suficiente para me atrapalhar de alguma forma. Mas sinto por todas as mulheres que eram diferentes de mim, que não tinham minha força de personalidade, ou minha educação, ou minha capacidade de me articular.”

Admiração por Patti Smith

Shirley Manson contou na entrevista que uma das suas maiores inspirações é cantora Patti Smith, que ela considera uma ‘heroína’ e uma das razões é justamente o fato de ela ser uma mulher no meio musical:

“Patti Smith é uma grande heroína para mim por vários motivos diferentes. E o mais importante, é porque ela é uma mulher que navegou em sua vida criativa de forma tão bela e artística, com integridade e autenticidade, e ela provou para mim que uma mulher, uma artista, não precisa seguir as regras do contemporâneo na indústria da música”.

A cantora acrescentou: “é muito raro que outras mulheres vejam exemplos de mulheres realmente trabalhando ainda na casa dos setenta. Isso, para mim, é realmente emocionante e realmente inspirador, e me enche de esperança”.

“Os homens que governam o mundo causaram uma baita bagunça” canta Shirley Manson no primeiro single do novo álbum do Garbage

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