O jornalista Luiz Felipe Carneiro, do canal Alta Fidelidade, conduziu uma longa entrevista com Augusto Licks, lendário guitarrista da formação clássica dos Engenheiros do Hawaii. No bate-papo divido em três partes, o músico gaúcho contou inúmeras curiosidades sobre os discos que gravou com a banda e acabou falando se toparia voltar a tocar com Humberto Gessinger e Carlos Maltz. “Não me oponho”, disse o músico.
Augusto Licks entrou para os Engenheiros do Hawaii em 1987 e permaneceu até 1994. Ele gravou sete álbuns com banda entre eles “A Revolta dos Dândis” (1987), “O Papa é Pop” (1990) e “Várias Variáveis” (1991). Ele possuí um estilo único de tocar e ajudou a compor hits como “Pra Ser Sincero”, “O Exército de um Homem Só I” e “Parabólica”.
O retorno da chamada formação “GLM” é o sonho de praticamente todos os fãs dos Engenheiros do Hawaii. Durante a conversa com Luiz Felipe Carneiro, Augusto Licks contou que o baterista Carlos Maltz ligou para ele em 2019 propondo uma reunião.
“Ele me telefonou e eu fiquei assim meio sem reação, depois de tanto tempo, né? Tantas coisas se passaram… No telefonema ele falou que tinha ideia de fazer uma reunião GLM”, disse o guitarrista.
O músico acrescentou na sequência: “Eu não me oponho, é uma coisa que talvez a gente possa conversar, ver de que maneira isso poderia ser viável, a esse ponto que tipo de que coisa a gente seria capaz de fazer, mas nesse momento eu estou, assim, ocupado em lidar com a vida e tocando meus modestos projetos.”
Augusto Licks disse ainda que apreciaria se recebesse uma ligação de Humberto Gessinger propondo uma volta dele aos Engenheiros do Hawaii, mas que as expectativas de cada uma das partes precisariam ser ajustadas.
“Eu apreciaria um gesto assim, a questão, claro, teria que se conversar e chegar em um acordo daquilo que cada um quisesse fazer e o que não quisesse fazer. Teria que se encontrar um equilíbrio”, disse.
Engenheiros do Hawaii depois de Augusto Licks
Após a saída de Augusto Licks, os Engenheiros do Hawaii passaram por diversas formações e Humberto Gessinger permaneceu como o único membro constante. A banda gravou diversos discos, incluindo o “Acústico MTV”, de 2004, que se tornou um de seus maiores sucessos.
O último registro de inéditas foi “Dançando no Campo Minado”, de 2003. A banda foi colocada em hiato indefino a partir de 2007 e Humberto Gessinger formou o projeto Pouca Vogal juntamente com o guitarrista Duca Leindecker, com o qual excursionou por anos. Desde 2013, ele segue em carreira solo, que já conta com os álbuns “Insular” (2013) e “Não Vejo a Hora”.
Você pode conferir as três partes da entrevista de Augusto Licks ao canal Alta Fidelidade clicando nos players abaixo: