O produtor musical Steve Albini, recentemente, compartilhou os detalhes sobre como foram as sessões de gravação do álbum “In Utero”, terceiro disco do Nirvana, lançado em 1993. O trabalho veio na sequência do estrondoso sucesso de “Nevermind”, de 1991, o que exigiu estratégias engenhosas para evitar o assédio de fãs e da imprensa, que poderiam gerar interrupções durante o processo criativo da banda.
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Steve Albini contou em bate-papo com a NME que sabia que qualquer vazamento de informações poderia levar a um frenesi de fãs e publicidade indesejada em torno da produção, o que acabaria prejudicando a integridade artística do álbum. “Eu tive que fazer tudo o que pude para manter isso em segredo para garantir que não fôssemos invadidos pelos fãs e outras bobagens”, disse o produtor.

Diante da necessidade, o Pachyderm Studios, localizado a cerca de 40 milhas de Minneapolis, nas florestas de Minnesota, foi escolhido para sediar as gravações de “In Utero”. “Era longe o suficiente de qualquer pessoa que a banda conhecesse socialmente, e não teríamos uma maldita equipe de TV na frente todos os dias ou qualquer traficante tentando fazer negócios”, explicou Albini.
Homenagem a Sid Vicious para despistar os fãs do Nirvana
Para alcançar o nível de discrição que a situação exigia, Steve Albini reservou o estúdio sob o pseudônimo “Simon Ritchie Band”, uma referência ao nome verdadeiro de Sid Vicious, baixista dos Sex Pistols. “Eu realmente não queria confiar ao estúdio o segredo, então reservei o estúdio em minha conta sob o pseudônimo de ‘Simon Ritchie Band’, que era, claro, o nome verdadeiro de Sid Vicious. Até as malas de viagem começarem a chegar da empresa de transporte um dia antes de começarmos, ninguém sabia… nem mesmo os donos do estúdio sabiam que o Nirvana iria gravar lá“, revelou.