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Mike Shinoda, do Linkin Park, comenta o futuro da música

Músico foi um dos entrevistados do projeto "Future Music", da Rolling Stone

Mike Shinoda, vocalista do Linkin Park, concedeu uma nova entrevista para a revista Rolling Stone e compartilhou a suas visões sobre o futuro da indústria da música, relacionamento com os fãs, inteligência artificial e algoritmos. O músico disse que enxerga uma tendência em que os artistas começam a priorizar “uma conexão mais próxima” com a base de fãs em detrimento da “quantidade” e que eles estão indo cada vez “mais fundo no tribalismo”.

A revista Rolling Stone está com um projeto chamado Future of Music, que tem a finalidade de investigar o futuro da indústria da música e a produção de sucessos. Um dos entrevistados foi Mike Shinoda, o vocalista do Linkin Park, que foi questionado sobre quais mudanças tecnológicas ele vê acontecendo no futuro da música e sua resposta foi:

“Acho que está acontecendo uma mudança de grandes grupos para uma escala menor. Já estamos priorizando um relacionamento mais direto e focado em uma base de fãs, onde se trata mais de uma conexão mais próxima do que de quantidade. As pessoas estão sobrecarregadas com as pressões e aborrecimentos da versão atual das redes sociais. Estamos cansados ​​disso. Acho que estamos indo mais fundo no tribalismo”.

O músico de 44 anos, explica o seu raciocínio:

“Por muito tempo, fomos ensinados que mais seguidores e curtidas é melhor. Mas talvez comecemos a nos afastar disso. Amigos meus estão se reunindo em aplicativos de mensagens como DM, WhatsApp, Telegram, em vez do Twitter. Tenho amigos que montam Zooms semanais onde qualquer pessoa que seja amiga de um amigo pode participar”.

Mike Shinoda discutiu também sobre o papel dos softwares, da inteligência artificial e dos algoritmos:

“O software fará ainda mais trabalhos do que as pessoas costumavam fazer. Não estou dizendo que todas as nossas músicas serão criadas inteiramente por IA, mas acho que trabalhos como engenharia, mixagem e masterização serão menores e distantes entre si”.

O cantor e compositor acredita que cada vez mais será possível produzir músicas de sucesso sem a necessidade de um estúdio e sem a dependência de toda a estrutura que indústria da música proporciona:

“Para ser claro, não acho que os humanos vão ser expulsos da música pelos robôs. Só acho que os artistas humanos tomarão decisões sobre o que soa melhor para eles usando software. E assim como a dependência de um estúdio de gravação profissional se tornou menos importante para fazer uma música de grande venda, a dependência de pessoas associadas a esses ambientes se tornará menos importante”.

Shinoda acrescentou:

“Acho que as tendências atuais da música são, na verdade, agora, mais impulsionadas por algoritmos do que por pessoas. E se os fãs e as gravadoras gostarem dessa abordagem, então continuará a ser assim”.

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