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Reinternação de James Hetfield e a pandemia fizeram Kirk Hammett reviver o documentário “Some Kind of Monster”

Guitarrista falou da experiência de enfrentar a volta de James Hetfield para a reabilitação e a pandemia que veio logo na sequência

Entre 2001 e 2003, o Metallica viveu momentos turbulentos em sua carreira com a saída do baixista Jason Newsted e a ida do vocalista e guitarrista James Hetfield para uma clínica de reabilitação. A situação toda foi mostrada no documentário “Some Kind of Monster”, lançado em 2004. 

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No final de 2019, James forçou a banda a cancelar uma turnê para voltar novamente para a reabilitação, poucos meses depois, veio a pandemia. Em entrevista para a So What, revista oficial do fã-clube do Metallica, o guitarrista Kirk Hammett admitiu que esse período o fez se sentir como na mesma época de “Some Kind of Monster”.

“Bem, você sabe, com toda a honestidade, parecia que estávamos em ‘Some Kind of Monster’.  Porque sempre que alguém experimenta algo que muda a vida, muda a vida, você tem que aceitar o fato de que não sabe o que vai acontecer quando a pessoa voltar.  Você não sabe como o processo pode mudá-los.  Então, quando James foi para a reabilitação e, em seguida, Covid atingiu, quero dizer, foi um golpe duplo!  E parecia que o futuro era muito, muito sombrio”, relatou o músico.

Segundo o guitarrista, o sentimento, entretanto, não o paralisou e ele buscou ter uma postura positiva frente a situação. Em revela que sua amizade com o baixista Rob Trujillo foi fundamental nesse processo. “Eu não queria apenas sentar lá e me perguntar sobre o desconhecido ou sucumbir a algo que era tão imprevisível.  Eu não iria apenas sentar lá, ruminar e fazer perguntas para as quais sabia que não havia respostas.  Então, recorri ao meu parceiro no crime, Rob Trujillo.  Meu parceiro musical no crime e meu irmão de alma.  Tivemos uma longa discussão e decidimos, aconteça o que acontecer … ele e eu, vamos ficar conectados a tudo isso“, declarou.

Os dois têm uma ligação bastante profunda não apenas na música, conta Kirk. “Nós nos conectamos em muitos níveis diferentes, musicalmente, pessoalmente, surfando, são muitos níveis diferentes.  Tivemos uma longa conversa, cerca de 45 minutos ou mais, e no final da conversa, ele disse: ‘Kirk, é isso que vou fazer.  Vou apenas permanecer positivo e criativo, e é isso que você também deve fazer!  Pensei comigo mesmo, isso soa tão simples, mas tão bonito, e é isso que vou fazer.  E eu fiquei positivo, sabe?”, admitiu.

Kirk Hammett escreveu uma tonelada de música

No mesmo bate-papo, Kirk Hammett contou que a forma que encontrou para se manter positivo em meio a incerteza foi focar em seu instrumento e compor novas músicas. “Para mim, ser positivo é pegar meu violão todos os dias.  Tocar guitarra com o objetivo de escrever músicas para o futuro.  Esse é um tipo de prática muito, muito positiva, na qual posso confiar para me levar a um bom lugar quase sempre, porque era o que eu costumava fazer quando era criança.  Quando eu simplesmente não sabia como lidar com certas coisas, pegava meu violão e, de repente, fui levado para um lugar melhor“, contou.

Não por acaso, Kirk foi um compositor bastante participativo no novo disco do Metallica, “72 Seasons”, além de ter lançado o EP solo “Portals”, no ano passado. “Então, eu sentei lá e fiz isso.  Eu escrevi uma tonelada de música.  Muito disso acabou neste álbum.  Muito disso acabou no meu EP solo.  E muito disso, você sabe, eu ainda tenho… e estou pensando: ‘O que eu faço com toda essa música?’”, acrescentou.

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