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Conheça os 12 melhores discos nacionais de 2020

O site Ok Music Play elegeu os melhores lançamentos brasileiros deste ano

Dando continuidade à divulgação dos melhores de 2020 do site Ok Music Play, divulgamos nesta segunda-feira (21) a lista com os 12 melhores álbuns lançados no Brasil neste ano que se encerra. Na semana passada o site já havia divulgado a lista com as 20 melhores músicas nacionais e a lista com as 20 melhores músicas internacionais.

A escolha dos melhores álbuns, assim como nas listas anteriores, se deu em alguns casos pelo fator novidade, em outros pela capacidade do disco dialogar com a atualidade, em outros pela qualidade da produção e estrutura do trabalho, em outros a mensagem das músicas, sua relevância cultural, bem como a relevância do artista que a gravou. Mesmo com as restrições, vários artistas brasileiros conseguiram disponibilizar grandes trabalhos, muitos deles estão entre os melhores registros lançados no país em muitos anos.

Sem mais conversa, confira abaixo os melhores nacionais de 2020, de acordo com o site Ok Music Play (a ordem discos é aleatória):

Sepultura – Quadra

Um álbum grandioso que segue a mesma linha do anterior “Machine Messiah” (2017). É um disco conceitual e um dos mais bem sucedidos do grupo. É sem dúvidas um dos melhores registros da banda: pelo peso, pela agressividade e pela criatividade dos arranjos que flertam com sonoridades para além do metal tradicional.

Fernanda Takai – Será que você vai acreditar?

Composto e gravado em casa pelo casal Fernanda Takai e John Ulhoa durante a pandemia, “Será que você vai acreditar?” (2020), traz gravações inspiradas. É um disco suave, inventivo, às vezes doce, às vezes triste, que nos faz refletir sobre os tempos que estamos vivendo, mesmo que aparentemente não tenha sido gravado com essa pretensão.

Oceania – Dark Matter

Novo disco do Oceania: peso, melodia e músicas com finais inesperados
Foto: Oceania/reprodução

O segundo álbum da banda mineira liderada por Gustavo Drummond (Udora/Diesel) leva a sonoridade do grupo a diante e subverte as fórmulas do primeiro disco, o ótimo “Beneath the Surface” (2017). “Dark Matter” (2020) traz canções pesadas e densas que misturam diferentes andamentos e possuem arranjos cuidadosos. A produção é muito bem feita e Gustavo segue afiado com compositor. É rock pesado da melhor qualidade.

Cambriana – Hedonism

Terceiro disco da banda goiana que faz uma espécie de indie experimental que em alguns momentos lembra Radiohead, às vezes Arcade Fire, às vezes os islandeses do Of Monster and Man. “Hedonism” (2020) tem um pouco de tudo: rock alternativo, jazz, MPB, bossa nova e música clássica. O álbum flerta mais abertamente com a música brasileira que os anteriores.

Ira! – IRA

Trata-se do primeiro álbum de inéditas em 13 anos lançado pelo grupo liderado por Nasi e Scandurra. São 10 faixas que mostram um Ira! mais maduro, mas ainda visceral. O disco mistura o pós-punk tradicional do grupo paulista, baladas românticas e sonoridades acústicas como em “Efeito Dominó”. As letras tocam nas questões políticas vividas pelo Brasil e o mundo.

Letrux – Aos prantos

Um disco sentimental, triste, denso que aborda dores e os conflitos internos da cantora.  É poético e experimental sem ser chato. A sonoridade predominante pode-se dizer que é rock, mas flerta com vários elementos da música brasileira das décadas de 70 e 80.  

Bullet Bane – Ponto

É um disco diversificado. Rock pesado com riffs de guitarra ganchudos, vocais melódicos, berros, sussurros, levadas soturnas e letras sentimentais em português. Os paulistanos do Bullet Bane bebem na fonte do emocore dos anos 90 e do new metal dos anos 2000. Instrumental competente e muito bem executado.

Sound Bullet – Home Ghosts

Com músicas em inglês, o Sound Bullet entregou um dos álbuns de indie rock brasileiro mais inspirados dos últimos anos. Os destaques ficam por conta de “I was ins Lisblon, you were in Paris”, “Shabby”, “Dance Talk Dance” e “Are we in Oz”. Os arranjos de guitarra são inteligentes e cativantes.   

Assim Tocam os Meus Tambores – Marcelo D2

Um dos melhores trabalhos da carreira do vocalista do Planet Hemp. O disco se destaca pelo processo criativo que trafegou por caminhos inusitados. Foi produzido de maneira colaborativa a partir de lives que Marcelo D2 fez na Twitch e traz elementos sonoros diversos que vão de choros a áudios de WhatsApp. A sonoridade é uma mistura de diferentes ritmos e timbres.

RAPadura – Universo do canto falado

Com um leque variado de influências, RAPadura entregou um discos mais inventivos já produzidos no Brasil nos últimos 5 anos, pelo menos. É um disco contagiante. O ponto de partida é a mistura de rap com música nordestina, mas é muito mais do que isso. Ao longo de suas 12 faixas, Rapadura trafega pelo Baião, Reggae, Maracatu, Rock Psicodélico, Funk, Indie e Pop.  Já fisga o ouvinte logo na primeira faixa que recebe o nome do álbum.

Olívia de Amores – Não é doce

No seu primeiro trabalho solo, a cantora Olívia de Amores entrega indie rock extremamente eficiente. Tem pitadas de Strokes, White Stripes e bandas de rock do início dos anos 2000. E tem alguma brasilidade. E um pezinho na década de 80 também. O disco é sentimental e cru. Os arranjos trazem camadas e sutilizas que o ouvinte descobre ou redescobre a cada nova audição. Esse álbum vai ecoar por anos.

Dead Fish – Lado Bets

Coleção de b-sides gravados entre 2004 e 2019 por esse monumento do hardcore nacional que já soma quase 30 anos de estrada. Mesmo que algumas canções já tenham sido lançadas separadamente, a compilação é um registro da evolução da banda, sem soar datado. Pelo contrário, todas as músicas mostram-se atuais. “Lado Bets” (2000) serve perfeitamente como trilha sonora para o Brasil de 2020. É um disco para se ouvir quando se está com raiva. E isso não tem sido muito difícil com o país do jeito que está.

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