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Confira a lista de melhores músicas internacionais de 2020 do site Ok Music Play

Lista reúne as 20 melhores músicas lançadas em 2020, de acordo com o site

Ok Music Play deu início ontem, segunda-feira (14), à divulgação de suas listas de melhores de 2020. Serão 4 listas: Melhores Músicas Nacionais, Melhores Músicas Internacionais, Melhores Discos Nacionais e Melhores Discos Internacionais.

A primeira lista divulgada foi a de 20 melhores músicas nacionais, hoje divulgamos a lista com as 20 melhores músicas internacionais. A indústria da música estrangeira também foi fortemente impactada pela pandemia e muitos lançamentos previstos para este ano foram adiados para 2021, em contra partida, o isolamento e a ausência de shows forçaram as bandas produzir algum tipo de conteúdo ou lançar pelo menos um single ou EP.  E com isso, muitas coisas bacanas apareceram. Fica evidente, pelo menos a partir do recorte apresentado por esta lista, uma tendência oitentista, inclusive em bandas ícones dos anos 90, como no caso do Pearl Jam, do Smashing Pumpkins e do Weezer. Uma das canções mais tocadas do ano, “Blinding Lights”, parece saída da trilha sonora da série Stranger Things, algo que sugere que essa tendência de olhar para anos 80 tem alguma influência de produções audiovisuais como a já citada série e outras produções ambientadas nesse período ou que se apropriam da estética peculiar dessa época.

Assim como na lista de melhores músicas nacionais, a escolha das melhores internacionais se deu em alguns casos pelo fator novidade, em outros pela capacidade da música dialogar com a atualidade, em outros pela qualidade da produção e estrutura da música, em outros a mensagem da música, sua relevância cultural, bem como a relevância do artista que a gravou.

Sem mais conversa, confira abaixo as melhores músicas internacionais de 2020, de acordo com o site Ok Music Play (a ordem das músicas é aleatória):

Is Everybody Going Crazy – Nothing But Thieves

“Is Everybody Going Crazy” é um mega hit do disco “Moral Panic”, o terceiro da banda britânica que, embora não empolgue tanto como o primeiro, trouxe grandes músicas para serem cantadas em arenas, mantendo vivo o rock mainstream, e essa é o melhor exemplo disso. É uma canção dançante com riff de guitarra distorcido na medida certa e um refrão ‘swinguado’ com toques de músicas dos anos 80. Ponto para o Nothing But Thieves.

Hero – Weezer

O Weezer teve que adiar para 2021 o lançamento do seu novo álbum “Van Weezer”, que o grupo promete ser uma homenagem ao Van Halen (isso já havia sido anunciado antes da morte de Eddie Van Halen), ou seja, um disco que mira os anos 80. A sonoridade é um hard rock, mas um hard rock com a cara do Weezer, ou seja, com cara de nerd. As guitarras da música empolgam e demonstram de fato a influência do Van Halen.

Blinding Lights – The Weeknd

A música mais ouvida do ano em várias paradas (e que acabou ignorada pelo Grammy 2021) é um rock oitentista, embora o The Weeknd não seja um cantor de rock. A faixa passa a impressão que teve o mesmo cuidado que os produtores de Stranger Things têm com a produção da série: pensar até os mínimos detalhes para que a produção traduza a ideia de que foi gravada nos anos 80. Se alguém dissesse que a música foi produzida por volta de 1985, e lançada só agora, não seria tão difícil assim de acreditar. Um mega hit sem sombra de dúvidas.

Dance Of The Clairvoyants – Pearl Jam

“Gigaton” (2020), o primeiro disco do Pearl Jam desde 2013, chegou em fevereiro deste ano. O primeiro single, “Dance Of The Clairvoyants”, surpreendeu pela novidade: uma das principais bandas responsáveis por moldar a música dos anos 90 agora abraçava descaradamente o new wave e o pós-punk da década anterior. Embora o restante do disco nos entregue o Pearl Jam de sempre, essa acabou sendo a melhor do novo registro, seja por ser diferente ou apesar disso. Não importa a inspiração, a banda sabe fazer grandes canções. Eddie Vedder parece cantar sobre a necessidade de uma tomada de consciência para o caminho que o mundo está trilhando.

Simmer – Hayley Williams

Lembra Radiohead da época do “Kid A”. É uma canção com os dois pés fincados no drum n´ bass e que se distância bastante do estilo, digamos, mais pop punk do Paramore. A canção faz parte do primeiro álbum solo da cantora e soa como uma tentativa de reinvenção. A letra fala sobre como controlar a raiva e lidar com arrependimentos. O resultado é muito positivo e mostra que Hayley pode ser maior que a sua banda, se já não é.

Open Door – Mike Shinoda

Enquanto o futuro do Linkin Park não é decidido (se é que a banda vai ter algum futuro), Mike Shinoda segue em carreira solo. Depois de “Post Traumatic” (2018), o músico voltou em 2020 com “Dropped Frames” lançado em três volumes. “Open Door” foi composta e gravada com a participação dos fãs e segue uma estrutura normal de uma música do Linkin Park: versos cantados em rap e refrão melódico (sem guitarras pesadas neste caso). Uma ótima canção.

The Colour Of Love – The Smashing Pumpkins

O novo álbum do Smashing Pumpkins é oitentista do início ao fim, quase não tem guitarras e sobram sintetizadores, teclados e baterias eletrônicas. “The Colour Of Love” se destaca pelo groove, a combinação da voz de Billy Corgan com o coro feminino e uma melodia que não sai da cabeça.

Black Eyes Blue – Corey Taylor

Se o Slipknot fosse uma banda de hard rock, tipo o Kiss, por exemplo, ele soaria como nessa música aqui. Rock cheio de energia, melodia e um coro no melhor estilo anos 80 (sim, anos 80 de novo). O solo é fenomenal. Corey Taylor tem uma voz que consegue se adequar a diferentes estilos e entregar o que a música pede. “Black Eyes Blue” é um exemplo claro disso.

Error – Deftones

O novo álbum do Deftones figurou em várias de listas de melhores álbuns de metal do ano. E o disco é realmente muito bom. “Erro” tem grandes blocos de guitarras – muito pesadas -, vocais sussurrados, nebulosos e berrados. Os arranjos com ruídos dão o clima para a letra que fala sobre angústia e incerteza. A música se destaca entre as demais do disco que foi considerado por muitos um dos melhores lançamentos na carreira da banda.

Shameika – Fiona Apple

“Shameika”, que mereceu duas indicações ao Grammy de 2021, uma na categoria “Melhor Canção de Rock” e outra na categoria “Melhor Performance de Rock”, traz um piano agressivo e as notas soam como riffs de guitarra. O ritmo frenético dos versos é quebrado por pontes mais suaves. A música tem uma dinâmica que aumenta a tensão ao longo do seu desenvolvimento. Os arranjos se destacam pela riqueza de detalhes e que só são assimilados em toda sua riqueza depois de muitas audições. A letra parece contar histórias do passado de Fiona que, ao que tudo indica, sofria bullying e se sentia estranha perante os colegas

Kyoto – Phoebe Bridgers

“Kyoto” é a terceira faixa do elogiadíssimo “Punisher” (2020), segundo álbum da cantora indie americana Phoebe Brudgers.  É uma música realmente inspirada e alegre, que começa com arranjos de instrumentos de sopros que lembram música mexicana, mas a canção em si é um indie rock que traz um sentimento de nostalgia.

Lost In Yesterday – Tame Impala

Uma canção suave e dançante ao mesmo tempo. Os sintetizadores e beats reciclam fórmulas já utilizadas no discos anteriores do Tame Impala e isso não é ruim. A música fala sobre nostalgia e tem uma roupagem contemporânea que provoca no ouvinte uma sensação de deja vú sonoro.  É como se a melodia da música e seus arranjos já estivessem registrados na memória coletiva e foram apenas resgatados.

Realize – AC/CD

É uma música do AC/DC, isso fica muito claro logo nos primeiros acordes da faixa que abre “Power UP”, o novo álbum do grupo e o primeiro após a morte do guitarrista Malcolm Young. O que faz essa música ser tão especial? Ora, ela reúne todas as características que fazem o AC/DC ser o que é: riffs de guitarra, vocais berrados, coros e energia, muita energia.

The Best – AWOLNATION

“The Best” é uma música empolgante. Uma mistura de guitarras e sintetizadores em um instrumental galopante que lembra muito as melhores coisas já produzidas nos anos 80. Uma canção energética com letra motivacional, mas sem soar artificial.

Oh! Euphoria – Twin Atlantic

O novo álbum do Twin Atlantic é o mais ousado da carreira da banda e deixa de lado aquela mistura de pop punk com grunge para entregar músicas mais soltas, menos tensas e mais contagiantes. “Oh! Euphoria” explora texturas mais abrangentes e coloridas. É uma canção animada e provoca sentimentos de euforia como alegria, despreocupação, otimismo e bem-estar.

Trouble´s Coming – Royal Blood

Este é o primeiro single do próximo álbum do duo formado pelo baixista Mike Kerr e pelo baterista Ben Thatcher. Depois de dois álbuns idênticos em termos de timbres, estrutura, arranjos e abordagem das músicas, o novo lançamento parece apontar para uma expansão da sonoridade da banda com novas paletas de cores. O groove contagia. Parece disco music dos anos 70, só que elétrico e pesado.  

Protect The Land – System Of A Down

O System Of a Down liberou a suas primeiras músicas inéditas em mais de 15 anos em 2020. As duas canções surgiram como forma de chamar a atenção para o conflito que acontece na terra natal dos integrantes da banda, a Armênia. Pela excepcionalidade e por apresentar uma banda ainda atual e relevante, “Protect The Land” merece estar nessa lista. Poderia muito bem ser uma canção do “Toxicity” (2002), o melhor álbum da banda.

Rapture – Declan McKenna

Declan Mckenna produziu um dos melhores álbuns de 2020, o conceitual “Zero” que tem de tudo um pouco: opera rock, indie, tem horas que lembra Beatles, em outras lembra David Bowie, lembra U2 e até Silverchair da fase “Young Modern”. “Rapture” é um rock alternativo meio futurista. Tem vocais suaves, berros, vozes robóticas e arranjos psicodélicos. Uma mistura realmente empolgante. 

Somewhere – Cold War Kids

“Somewhere” faz parte da segunda parte da trilogia “New Age Norms” que está sendo lançada pelo Cold War Kids. É uma música realmente sensível e lírica. Tem uma harmonia e linha vocal que hipnotizam o ouvinte. O instrumental é guiado pelo teclado que possui uma sonoridade meio suja, com ruídos que contrastam com as guitarras com timbre limpo. O baixo oferece o groove necessário para conduzir a dinâmica da música.

Shame, Shame – Foo Fighters

Uma música que começa com um violão não poderia ser uma música do Foo Fighters, mas é. E é sem dúvidas uma das músicas mais diferentes já lançadas pela banda de Dave Grohl. Mostra disposição da banda para arriscar novas sonoridades. “Shame, Shame” cria grandes expectativas com o novo álbum da banda, “Medicine At Midnight”, que chega no dia 5 de fevereiro de 2021. É inventiva na medida certa, sem ser experimental.

Você pode ouvir a playlist com as melhores músicas internacionais de 2020 no player abaixo:

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