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Listas

Melhores discos nacionais de 2021, de acordo com o site Ok Music Play

Lista com os 15 melhores discos lançados no último ano

Elaborar listas de melhores do ano é sempre um exercício de organizar e hierarquizar. É preciso elencar, avaliar, decidir e cortar. É preciso fazer escolhas difíceis para que a lista tenha coerência, deve-se delimitar um número, um escopo. É por isso que toda lista não passa, no fim das contas,  de um mero recorte, de uma visão de mundo, de uma seleção com base em critérios definidos pelo próprio elaborador, a partir de um conjunto limitado de informações (é impossível ouvir todos discos, filmes e séries lançados). Listas são racionais, mas são limitadas. Elas também são sentimentais. Listas de melhores deveriam se chamar listas de preferências. 

Essa lista – atrasada, diga-se de passagem – traz os 15 melhores discos nacionais de 2021, de acordo com as preferências do editor do site Ok Music Play. E essas preferências foram organizadas de maneira que sintetizasse o que de mais significativo aconteceu na música nacional. É diversificada, mas nem tanto. Tem um tanto de coisa dentro do universo do rock: metal (Angra, Nervosa), Punk (Sugar Kane, Sebastianismos), alternativo (Ego Kill Talent) emo (Fresno), MPB (Caetano Veloso, Rodrigo Amarante) e outro tanto de coisa que não cabe em qualquer rótulo.

15 – Você Não Sabe de Nada – O Grilo

“Você Não Sabe de Nada” é um trabalho que podemos classificar como multiplataforma, já que o disco de estreia do O Grilo foi lançado juntamente com um livro de mesmo nome. A obra narra a história do personagem Lauro, que também aparece nas músicas. O registro traz 13 faixas, incluindo os “Meu Amor”, “Trela” e “Contramão”. O som do grupo se destaca entre os vários lançamentos nacionais, por ser uma mistura muito eficiente e inventiva de rock alternativo e MPB. 

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14 – Prologue – Impavid Colossus

A banda paulista Impavid Colossus liberou seu disco de estreia em 2021, um registro que apresenta boas composições, boas ideias, instrumental bastante competente/potente e riffs inspirados. O som do grupo é uma mescla de metal, hard rock e rock alternativo. Os destaques são os singles  “Home Of The Brave”, “Claim Your Existence”, “Hope” e “Stronger”. 

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13 – Modo Fufu – Meu Funeral

“Modo Fufu” é o disco de estreia da banda carioca Meu Funeral. O trabalho traz uma mistura de punk, hardcore e ska. O som chama a atenção pelas letras críticas e bem-humoradas, que questionam situações do cotidiano e também da política, como, por exemplo, na faixa “Acabou, você não é mais meu Presidente”, que dispara diretamente contra Jair Bolsonaro e “Coisa de Satanás”, que mira no conservadorismo religioso. Há muito tempo não se ouvia um disco de rock nacional tão divertido e bom. 

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12 – Novidade Média – Sugar Kane

O Sugar Kane está de volta com seu primeiro registro de inéditas em 7 anos. “Novidade Média” traz 10 faixas que mantêm intacta a sonoridade hardcore melódica  do grupo e mostra que os curitibanos liderados pelo vocalista Alexandre Capilé continuam afiados, rápidos e agressivos. As letras urgentes traduzem a indignação com o caos político e social vivenciado pelo País nos últimos anos. 

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11 – Perpetual Chaos – Nervosa

Nervosa, quarteto liderado pela guitarrista Prika Amaral, é hoje uma das bandas mais prestigiadas no metal e, mesmo com uma formação total reformulada, já que Fernanda Lira (baixo e vocal) e Luana Dametto (bateria) abandonaram o barco no início de 2020, mostra com esse “Perpetual Chaos” que ainda tem muita lenha para queimar. São 13 faixas guiadas por riffs furiosos, bateria destruidora e vocais agressivos. 

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10 – Vera Cruz – Edu Falaschi

Em seu primeiro registro solo, Edu Falaschi, ex-vocalista do Angra, entrega muito mais do que um ótimo disco de power metal. “Vera Cruz” é uma peça sonora épica, que traz uma narrativa com início na Europa das grandes navegações até chegar no Brasil imperial. O trabalho é robusto, ambicioso e envolveu uma extensa pesquisa historiográfica. Um verdadeiro marco para o metal nacional. 

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09 – Em Carne Viva – Zander 

Em Carne Viva” é uma explosão sonora que bebe no melhor do rock alternativo dos anos 90. As músicas são carregadas de sentimento, euforia e guiadas por vocais emotivos, guitarras melódicas. Os destaques ficam por conta da faixa-título, “Assim Que Fizer Efeito”, “Síncope” e “Desalento”, esta última com participação de Lucas Silveira (Fresno). 

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08 – Extracoexistencial – Ator Morto

“Extracoexistencial” é o segundo disco do Ator Morto, projeto paralelo de Alexandre Capilé, do Sugar Kane, e o primeiro lançamento da Hotel Records, em parceria com a Forever Vacation Records. O rótulo mais adequado para as 10 faixas apresentadas no registro seria rock alternativo, embora elas tragam elementos de diferentes estilos como punk, surf rock, grunge, pop oitentista, entre outros. O grupo desfila canções inspiradas e carregadas de energia, melodia e groove. Os destaques ficam por conta de “Paraguai”, “Bicho”, “Letras Traduzidas” e “Esqueci”

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07 – Tóxico – Sebastianismos 

Se o rock tem alguma chance de voltar a figurar nas rádios e nas paradas de sucesso é com trabalhos como esse “Tóxico” do Sebastianismos, projeto solo de Sebastián Piracés-Ugarte, baterista do Francisco, el Hombre. O disco traz um som que pode ser classificado como pop punk e flerta abertamente com grupos do inícios anos 2000 como My Chemical Romance, Fall Out Boy e Blink-182. Um álbum todo redondinho com sonoridade radiofônica, embalada por melodias assobiáveis, refrões contagiantes e letras que falam do universo jovem . “Não Mudaria Nada” e “Cicatriza”, com participações, respectivamente, de Badauí (CPM 22) e Lucas Silveira (Fresno), são dois grandes hinos.

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06 – 3 Invernos – Diego Tavares 

Uma das melhores supresas de 2021. Diego Tavares é um cantor e compositor carioca que aproveitou o período de isolamento social imposto pela pandemia para tirar da gaveta suas composições, o que resultou neste excelente “3 Invernos”, um disco de canções inventivas, poéticas e introspectivas que fazem uma sofisticada mistura de MPB e rock alternativo guiada, em sua maior parte, por bons arranjos de violão, mesclados com experimentos sonoros diversos. 

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05 – Viagem ao Centro da Terra Plana – Compositor Fantasma

Compositor Fantasma canta sobre o zeitgeist do Brasil atual
Foto: Compositor Fantasma

O Compositor Fantasma é um projeto do cantor, compositor e produtor musical Gabriel Serapicos. As músicas são escritas por Gabriel e interpretadas por diferentes artistas. No disco estreia, o músico traz um indie rock carregado de influências diversas da música brasileira. O registro conta com 11 canções que fazem um raio x do que podemos chamar de zeitgeist do Brasil contemporâneo. O grande destaque são as letras recheadas de ironias, humor negro, acidez e crítica social. Como o próprio título do álbum sugere, as músicas mergulham na mente do cidadão médio brasileiro que se revoltou politicamente nos últimos e milita nas redes sociais movido por fake news dos mais variados tipos e teorias políticas de procedência duvidosa. É daqueles discos que você ouve do início ao fim sem se cansar. 

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04 – Meu Coco – Caetano Veloso

Gravado em um estúdio caseiro durante a pandemia, “Meu Coco” é uma obra de 12 canções em que Caetano Veloso entrega, mais uma vez, toda a sua genialidade com letras poéticas, filosóficas e políticas, embaladas por camadas sonoras que misturam elementos diversos da música brasileira e mundial como MPB, axé, samba, rap, sertanejo, indie e até fado português. 

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03 – The Dance Between Extremes – Ego Kill Talent 

"The Dance Between Extremes" consolida a identidade sonora do Ego Kill Talent
Foto: Ego Kill Talent – The Dance Between Extremes – Capa/reprodução

Se o primeiro álbum mostrou que a banda tinha competência técnica, sonoridade e propósito bem-definido, em “The Dance Between Extremes”, o Ego Kill Talent consolida a sua identidade musical e abre novos caminhos. O disco traz um refinamento à proposta modern rock apresentada em 2017 e soa como uma continuidade, só que com um tempero a mais e, é claro, uma superprodução, que não difere daquelas de grandes ícones do rock internacional. Ao longo das 12 canções, a banda apresenta influências diversas como grunge, metal, stoner, new metal e hard rock. Resumo da obra: o disco apresenta uma banda entrosada – jogando para ganhar -, uma coleção de ótimas músicas e sonoridade coesa. O Ego Kill Talent sabe para onde quer ir. Para o topo.

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02 – Vou Ter Que Me Virar – Fresno

Já faz algum tempo que o Fresno deixou de ser uma simples banda emo para ser um dos principais grupos do rock brasileiro da atualidade. “Vou Ter Que Me Virar” é mais uma bela obra lapidada por Lucas Silveira e seus comparsas. O trabalho segue a linha experimental dos discos “A Sinfonia de Tudo Que Há” (2016) e “Sua Alegria Foi Cancelada” (2019), só que com uma sonoridade mais compacta. As músicas esbanjam guitarras pesadas, flertes com a música pop e eletrônica, sem soar desinteressante. Tem participação de Lulu Santos na ótima “Já Faz Tanto Tempo” e manifesto político contra o atual governo do Brasil em “Eles Odeiam Gente Como Nós”

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01 – Drama – Rodrigo Amarante

Rodrigo Amarante ressurge, anuncia o álbum “Drama” e divulga o single “Maré”
Foto: Rodrigo Amarante/reprodução

O aguardado segundo disco solo de Rodrigo Amarante, vocalista do Los Hermanos, finalmente viu a luz do dia em 2021. E ele é bom. Gravado entre 2018 e 2020, o trabalho mostra um belo exercício criativo do músico que trafega por elementos sonoros que permeiam toda a sua trajetória (Los Hermanos, Little Joy, Orquestra Imperial). Tem de tudo um pouco: rock, indie, MPB, frevo, samba, tango e música latina em geral.  Amarante constrói os significados de suas canções a partir da combinação de letras rebuscadas, melodias intrincacadas, camadas e texturas que se entrelaçam com elegância.  Um grande disco de um dos maiores ícones – sim, ícone – da música brasileira dos últimos 20 anos.

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