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Hayley Williams, do Paramore, desmistifica cena emo dos anos 2000

A vocalista não tem uma visão muito positiva da cena musical da qual ela e sua banda fizeram parte

O Paramore surgiu em 2004 em meio a cena emo – que dominou a década – ao lado de bandas como Fall Out Boy e My Chemical Romance. Em uma recente entrevista, a vocalista Hayley Williams do grupo teve a oportunidade de falar sobre esse período que, na sua visão, era tão inclusivo quanto parecia.

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Durante um bate-papo com a NME para falar do disco mais recente do Paramore, “This Is Why”, Hayley Williams acabou refletindo sobre o passado, especialmente sobre como foi participar da cena emo dos anos 2000. De acordo com ela, esse período é visto de uma maneira não realista mas com um “óculos cor de rosa”.

“É uma história revisionista sobre um tema menos pesado. As pessoas olham para trás com esses óculos cor de rosa. Eles falam sobre o bem e esquecem o resto. Era uma cena alternativa por um motivo – era estranho”, observou Hayley Williams.

A cantora também abordou o machismo, que imperava naquela época, e se refletia, inclusive nas músicas. Em um exercício reflexivo, Williams aponta que os homens agiam movidos por sequelas do bullying que sofreram na adolescência. “Aqueles garotos sofriam bullying, é por isso que tantos caras nessas bandas escreveram músicas de merda sobre ex-namoradas. Eu só fico com raiva da injustiça de um monte de gente que sofreu bullying, essencialmente criando um mundo onde outras pessoas não se sentiam bem-vindas“, disse.

Nostalgia dos anos 2000 no novo álbum do Paramore

Ainda na mesma entrevista, a vocalista explicou que a letra da faixa “Crave”, do álbum mais recente do Paramore, “This Is Why”, foi inspirada pelo sentimento de nostalgia em relação aos primeiros anos da banda. “Quando os caras me mostraram o ‘Crave’, fiquei empolgada porque não tínhamos nada que parecesse sonoramente assim há muito tempo”, disse ela.

Apesar de estar sempre com foco em fazer a música da banda avançar, Hayley salientou que não conseguiu escapar do sentimento provocado pela melodia que nascia naquele momento. “Não gostamos de dar muito crédito à nostalgia, gostamos de seguir em frente. Mas com a música, você não poderia escapar desse sentimento. Eu só estava pensando sobre por que sempre sinto falta do momento em que estou porque estou muito preocupado com quando isso vai acabar“, contou.

“Crave” foi inspirada pelo sentimento de nostalgia.

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