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Por onde andam os artistas do Rock in Rio 3? – Parte 3

Terceira edição aconteceu em 2001 e contou com 42 artistas no Palco Mundo

Em janeiro de 2021 completam-se 20 anos da terceira edição do Rock in Rio, realizada em 2001, 10 anos depois da segunda edição que aconteceu em 1991 e 16 anos após a edição de estreia do festival em 1985. O festival ficaria mais 10 anos sem acontecer até o seu retorno definitivo em 2011.

A edição de 2001 trouxe artistas que já haviam tocado nas edições anteriores como o Iron Maiden e o cantor James Taylor, por exemplo, e também muitos artistas que faziam sucesso naquela, como é o caso do Silverchair, ou artistas que estavam no seu auge como a Cassia Eller. Também contou com artistas revelação, caso do Papa Roach,e a volta do Guns N´ Roses depois de quase 6 anos sem shows.

Foto: Rock in Rio – O Globo/reprodução

Fatos que marcaram a edição 3

O festival aconteceu de 12 a 21 de janeiro de 2001, no seu local de origem, a Cidade do Rock, (o  Rock in Rio de 1991 aconteceu no Estádio Maracanã). O evento contou com 7 dias de shows distribuídos em dois finais de semana. Passaram, apenas pelo Palco Mundo, o palco principal, 42 artistas. Alguns fatos inusitados marcaram essa edição: o boicote realizado pelas bandas O Rappa, Cidade Negra, Raimundos, Charlie Brown Jr. Skank e Jota Quest, que questionavam o valor do cachê, a estrutura destinada aos artistas brasileiros, bem como os horários das apresentações. Outro fato marcante foi a prisão do baixista do Queens of the Stone AgeNick Olivieri, que tocou pelado até ser retirado do palco para que se vestisse. Ao final da apresentação ele foi preso pela polícia do Rio de Janeiro. Foi nesta edição, também, que o público assistiu cena lamentável em que roqueiros desmiolados atiraram garrafas no cantor Carlinhos Brown que tocou no mesmo dia que o Guns N´ Roses.

Leia também:

Por onde andam os artistas do Rock in Rio 3? – Parte 1

Por onde andam os artistas do Rock in Rio 3? – Parte 2

Retrato de época

O fato é que olhando em retrospecto, os line-ups do Rock in Rio funcionam como um registro da época em que cada uma das edições acontece. Muitos artistas consolidaram a sua carreira após tocar no festival e seguem fazendo sucesso enquanto outros desaparecem com o tempo. Pesando nisso, preparamos uma lista que será divulgada em 7 partes contando de forma breve por onde andam os artistas que tocaram nesta terceira edição do Rock in Rio, que contou a participação de 1 milhão e 200 mil pessoas, mais de 150 artistas que tocaram no Palco Mundo ou nas tendas Tenda Brasil, Tenda Raízes e Tenda Cultura e Arte.

Rock in Rio 2001 – Por onde andam? – Parte 3

A terceira parte da lista conta por onde andam os artistas que tocaram no terceira dia do Rock in Rio 3, realizado no dia 14 de janeiro, confira abaixo:

Guns N’ Roses

O show no Rock in Rio 2001 foi o primeiro em quase 6 anos. Axl Rose apresentou uma nova banda e tocou novas músicas do “Chinese in Democracy” que só seria lançado em 2008, depois que várias músicas vazaram na internet. A banda fez inúmeras turnês depois do festival, no entanto, já com outra formação. O guitarrista Slash desenvolveu uma bem-sucedida carreira solo ao lado do vocalista Myles Kennedy. Em 2016, depois de inúmeros boatos, a banda anunciou o retorno de Slash e Duff. A banda fez uma longa turnê que rodou o mundo. A história do Guns com o Rock in Rio não acabaria em 2001. A banda tocou na edição de Lisboa em 2006, no Rock in Rio 2011, ocasião em que o atraso de Axl despertou a ira de Roberto Medina, dono da marca. No entanto, foi o grupo foi perdoado e tocou novamente na edição de 2017. Um novo álbum está sendo produzido. Slash admitiu que quer ver as novas músicas sendo lançadas em 2021. Será?

Oasis

Os dois irmãos seguiram protagonizando brigas até que um atrito definitivo os separou em 2009 durante a turnê do último registro de inéditas “Dig Out Your Soul”, lançado um ano antes. Cada um seguiu o seu caminho. Liam Gallagher primeiro formou o Beady Eye, banda com a qual lançou dois discos. Depois disso, seguiu carreira solo e já lançou dois álbuns e um acústico MTV. No final de 2020, lançou um single de Natal chamado “All You’re Dreaming Of…” que se tornou um dos mais vendidos do ano. Já Noel Gallagher, após o fim da banda, montou o projeto solo Noel Gallagher’s High Flying Birds que já lançou 3 álbuns de estúdio, além singles e EPs. Noel anunciou recentemente que está gravando músicas escritas para o Oasis. Liam voltei e meia manifesta o seu desejo de voltar com a banda, mas até agora nada.

Papa Roach

Foi uma novidade para o público brasileiro na época. Reza a lenda que eles foram chamados por insistência de Axl Rose. O show fez parte da turnê de “Infest”, segundo disco da banda lançado no ano anterior. A banda surfou na onda new metal, mas não alcançou o mesmo sucesso de seus contemporâneos como Slipknot, Linkin Park, System of a Down e Korn, mesmo tocando muito na MTV. A produziu muito, 9 álbuns nos últimos 20 anos. O mais recente foi “Who Do You Trust?” de 2019. A banda lançou uma edição comemorativa de “Infest” no final do ano passado.

Ira! e Ultraje a Rigor

As duas bandas fizeram um show conjunto. O Ira! estava vinha da turnê do “MTV Ao Vivo” e no mesmo lançou o álbum “Entre seus rins”. Em 2004 lançaram o “Acústico MTV” que fez um enorme sucesso. A banda lançaria ainda “Invisível DJ” em 2007, mas logo se separaria por brigas envolvendo Nasi, a banda e o empresário que, por acaso, era irmão do vocalista. Os músicos seguiram em projetos pessoais. A banda voltou em 2013 apenas com Nasi e Edgar Scandurra. Tocaram novamente no Rock in Rio de 2015, desta vez no Palco Sunset. Lançaram o ao vivo “Ira Folk” em 2017 e o primeiro de inéditas desde a volta em 2020, intitulado de “IRA”. O Ultraje a Rigor lançou o disco “Os Invisíveis” em 2002 e um “Acústico MTV” em 2005. Passou por várias mudanças de formação ao longo dos anos. Tocou no festival SWU em 2011 onde se envolveu em uma briga com a equipe do cantor Peter Gabriel. Tornou-se banda de apoio do programa de Danilo Gentili, primeiro na Band e atualmente no SBT. Lançaram o álbum instrumental “Por que Ultraje a Rigor? Vol. 2” em 2015 e abriram o show dos Rolling Stones no Maracanã em 2016. O vocalista Roger volta e meia se envolve em polêmicas e brigas nas redes sociais por questões políticas.

Carlinhos Brown

O cantor bahiano foi alvo de um dos momentos mais vergonhosos da história do festival. Roqueiros ignorantes arremessaram garrafas contra ele durante a apresentação. O show foi baseado no segundo álbum “Omelete Man” de 1998. O Carlinhos lançou naquele ano o disco “Bahia do Mundo, Mito e Verdade” e mais 10 discos desde então. O último foi “Semelhantes” de 2017. Em 2002 formou o Tribalistas, juntamente com Marisa Monte e Arnaldo Antunes, projeto que fez um estrondoso sucesso. Nos últimos 20 anos recebeu 9 indicações ao Grammy Latino e venceu duas (Melhor Canção Original e Melhor Canção Brasileira). Em 2012, passou a ser jurado do The Voice Brasil ao lado de Claudia Leitte, Daniel e Lulu Santos. Voltou ao Rock in Rio em 2015 tocando no Palco Sunset ao lado e Sérgio Mendes. Para 2021, o cantor já anunciou que vai comemorar os 25 anos do primeiro disco “Alfagamabetizado”.

Pato Fu

A banda lançou em 2001 o disco “Ruído Rosa”, o sexto álbum da carreira. O registro foi impulsionado pelas músicas “Eu” e “Ando Meio Desligado”. Depois de lançar um “MTV Ao Vivo”, a banda voltou a ser independente e desde então lançou mais 5 discos de estúdio, dois deles gravados com instrumentos de brinquedo, projeto que redefiniria a sua carreira. O último de inéditas foi “Não pare pra pensar” (2014). A banda está celebrando toda a sua discografia em 2021 com o lançamento de vídeos e versões alternativas de sucessos da carreira. Paralelamente, Fernanda Takai desenvolveu uma bem sucedida carreira solo e lançou vários discos incluindo um em parceria com Andy Summers do The Police. Seu álbum mais recente foi disponibilizado em 2020 e se chama “Será que você vai acreditar?”

4 comentários

  1. Em primeiro lugar, dobre a sua lingua para chamar o roqueiro de desmiolado seu leviano. O público não pagou pra ver o Carlinhos Brown, mas sim as atrações carro-chefe do festival. O fato do Carlinhos Brown ter ajudado o Sepultura na gravação de seu melhor disco Roots (1996), não obriga o público a idolatrar o cantor. A culpa é da organização do Rock in Rio, mas o Carlinhos Brown quis carregar um pouco dessa culpa, por que a todo momento ele queria esfregar sua musicalidade na cara do público roqueiro. Eu estava lá e me orgulho de jogar garrafas plásticas naquele facista do Carlinhos Brown.

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